segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Coma sentimentólico

Vou brindar mais um drink de mentiras
Embriagar-me dessa amarga ilusão.

Embebedar-me de palavras doces, límpidas,
Enobrecendo o meu pobre coração.

Sinto o seu gosto a corroer minha garganta,
Ácido fétido, podre, o qual me vicio,
Bebo mais um gole, seco a garrafa, apreensivo,
Induzo-me à tontura mais e mais.

Uma dose pra sentir o seu perfume,
A razão, perdeu em mim o seu sentido,
Vejo você, assobiando o meu hino,
De derrota, de labuta toda em vão.

Mais um drink! - suplico,
Esse efeito não permito passar.
Mais um drink! - me permito
De você, não cansarei de inebriar
Mais um drink! – cerco o copo,
E tenho a ti em minhas mãos,
Chega de drink! – encerro a conta,
E abraço forte a depressão.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sem poesia, acabou

Quando notei que as novas percepções saiam do meu controle,
O resgate tornou-se um ato em vão.
E por mais que lutasse, o martelo já havia sido batido sobre a mesa.
As suadas mãos que pressionavam os botões afrouxaram e
Notei que estava vencido. Perdi para mim mesmo.
Game over, sem direito a reset.