Embriagar-me dessa amarga ilusão.
Embebedar-me de palavras doces, límpidas,
Enobrecendo o meu pobre coração.
Sinto o seu gosto a corroer minha garganta,
Ácido fétido, podre, o qual me vicio,
Bebo mais um gole, seco a garrafa, apreensivo,
Induzo-me à tontura mais e mais.
Uma dose pra sentir o seu perfume,
A razão, perdeu em mim o seu sentido,
Vejo você, assobiando o meu hino,
De derrota, de labuta toda em vão.
Mais um drink! - suplico,
Esse efeito não permito passar.
Mais um drink! - me permito
De você, não cansarei de inebriar
Mais um drink! – cerco o copo,
E tenho a ti em minhas mãos,
Chega de drink! – encerro a conta,
E abraço forte a depressão.